Quando tentaram calar Oscar Paris a verdade gritou mais alto

por Andreyver Lima – Falar de Oscar Paris é falar de coragem, ética e talento. Como jornalista esportivo, interpretava o jogo como poucos. Nos estúdios da TVE e nas páginas do A Tarde, construiu uma carreira, marcada por sensibilidade crítica e bom humor, com análises certeiras.

Mas em 2008 uma reportagem explosiva: os registros federativos de um craque do futebol internacional haviam sido adulterados. Os dados falsos, de acordo com a sua descoberta, garantiriam mais de R$ 900 mil a um clube do interior da Bahia.

O repórter que antes dava voz ao esporte baiano foi afastado, processado, linchado judicialmente por oito ações movidas por aqueles que detêm poder e influência. Sua carreira foi sufocada.

Mas Oscar resistiu — não por teimosia, mas por princípio. A recente decisão do STJ que lhe deu ganho de causa pela décima vez é mais do que uma vitória pessoal. É uma reparação moral. É o reconhecimento de que a verdade não se dobra diante da intimidação.

A repercussão da matéria publicada pelo The Intercept Brasil foi estrondosa — e justa.

A reportagem não apenas resgata a dignidade de Oscar, mas também evidencia a urgência de um jornalismo que não tema incomodar.

Oscar Paris segue sendo uma referência.

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